quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

História dos jogos

Quem adentrar pela história da origem dos jogos e dos brinquedos certamente se deparará com algumas dificuldades, entre elas a falta de registros, a pobreza de informações e até mesmo a compreensão sobre o significado do termo. Nesse sentido é bom esclarecer qual é de fato o conceito que temos de jogo. Seria ele sinônimo de brincadeira? Quando e como se originou na história? Qual a sua importância do ponto de vista cultural? Qual o valor no processo de desenvolvimento e de socialização dos seres humanos?

Etimologicamente, o termo jogo advém do latim ludus, ludere, que designava movimentos rápidos, mas referia-se, também, à representação cênica, aos ritos de iniciação e aos jogos de azar. Com tantos significados e aplicado o termo em diferentes contextos, nesse particular tema de aula, a palavra jogo será utilizada como sinônimo de brincadeira, independentemente das tênues diferenças existentes entre eles. Por outro lado, brinquedos são objetos que servem de aporte para as brincadeiras.
 
 
Com tal perspectiva, neste tema de aula, consideramos o jogo como sendo um processo dialético caracterizado por uma ação tanto física quanto mental, que ocorre dentro dos limites de um determinado tempo e local, caracterizando-se por influenciar mudanças de comportamento similares às que ocorrem com o um pêndulo de um relógio. Jogar permite ir da alegria à tristeza, do modelo à fantasia, da liberdade à regra, da imitação à criatividade. Pode ou não ser enriquecido com brinquedos, mas essa não é a única condição para brincar.
 
Recuperar a história dos jogos consiste em trilhar pelos caminhos percorridos pela humanidade, observando seus contextos, entendendo a maneira de ser e estar presente no mundo em determinado momento. Entendendo que tais atividades nem sempre foram específicas de crianças ou de adultos, mas de todo o grupo social dentro do qual ocorriam as interações, a socialização, a aprendizagem dos costumes e as práticas religiosas e educacionais.

Como preparar melhor o professor? Pergunta a Rubem Alves

Rubem Alves: A alma de tudo é o professor. Não adianta programas novos, novas leis, se o professor tiver a cabeça velha. Em nosso modelo clássico, o professor é aquele que sabe a matéria. Ele vai cobrar a matéria. Esse modelo não funciona mais. O professor tem que ser aquele que pergunta, que está junto com os alunos. Não dá respostas, mas provoca os alunos para ver se eles pensam por conta própria.

A escola como único ambiente educacional e limitante ao aluno? Pergunta a Rubem Alves

Rubem Alves: Em São Paulo, há um exemplo típico disso: o projeto Aprendiz, do Gilberto Dimenstein. As crianças aprendem nas ruas, nas coisas que estão ao redor dela. Uma das razões para você ter escola é a razão administrativa. É um lugar onde você põe a carneirada toda e trabalha com todos eles ao mesmo tempo. Não é uma razão pedagógica. Agora se você quer aprender sobre a fazenda, tem que ir até lá, colocar a mão na terra, mexer com as plantas. É preciso ir ao lugar para conhecer, porque a escola, querendo ou não, é um ambiente artificial. A vida não está acontecendo lá.

Infância Roubada, crianças atingidas pela Ditadura Militar no Brasil

O livro reúne 44 testemunhos de filhos de presos políticos, perseguidos, assassinados e desaparecidos durante a ditadura civil-militar (1964-1985) no Brasil. Há, também, depoimentos das mães das crianças atingidas, com impressões sobre como viram a violência a qual seus filhos foram vitimados.

Trecho 
André tinha três anos. Priscila, dois. O ano era 1968. Mês de dezembro, 13, dia da promulgação do Ato Institucional nº 5. A casa onde moravam, em Pariconha, interior de Alagoas, foi cercada. Foram acordados por gritos e pancadas nas portas e janelas. A pontapés e golpes de fuzis, soldados arrombaram a porta. Encontraram duas mulheres, Maria Auxiliadora da Cunha Arantes e Rosemary Reis Teixeira, ambas militantes da organização Ação Popular, de resistência à ditadura civil-militar. Junto com elas, seus filhos: André e Priscila, filhos de Maria Auxiliadora. E Rita, filha de Rosemary, aos cinco. “Hoje eu diria que foi um filme de terror”, conta Rita de Cássia, funcionária pública que vive em Goiás.
Mães e filhos foram presos e ficaram detidos por cinco meses. Passaram pelo Dops de Maceió, pela Cadeia Pública, pela Escola de Aprendizes de Marinheiros e pelo Hospital da Polícia Militar. No pátio do hospital, em meio ao lixo, ratos enormes circulavam por entre pernas e braços de gesso, curativos, caixas usadas. Para atenuar a situação diante das crianças, as mães apelidaram os ratos de Jerry [personagem de animação da série estadunidense Tom & Jerry].

Certa vez, na Escola de Aprendizes de Marinheiros, onde estava presa, Maria Auxiliadora ouviu o seguinte do oficial do dia: “Estive conversando com minha esposa e como não temos filhos, resolvi pedir que a senhora me dê seu filho. Podemos criá-lo muito bem. Olhe bem para a senhora. Que futuro a senhora tem? Seu marido está preso, a senhora está presa, ninguém da sua família apareceu, não vai ter condição nenhuma de criar essa criança”. Hoje, 46 anos depois, André é doutorando em ciências do desporto, professor universitário e funcionário do Ministério do Esporte.


Entre o mérito e a culpa

Por Thais Paiva
De raiz política e comumente utilizada em ambientes corporativos, a meritocracia define-se como a escolha ou promoção de alguém conforme seus méritos e competências. Na última década, entretanto, o conceito alargou-se e aparece incorporado ao discurso e à prática dos mais diversos setores. Na Educação, os resultados pífios do Brasil em avaliações nacionais e internacionais reacenderam o debate em torno da validade de responsabilizar escolas e professores pelos resultados da aprendizagem de seus alunos, ou seja, a implementação de uma política de bonificação ou premiação baseada no cumprimento de metas de desempenho.

O Fogo que nos Transforma - Rubem Alves


Como o milho duro, que vira pipoca macia, só mudamos para melhor quando passamos pelo fogo: as provações da vida.

A transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação por que devem passar os homens, para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, mas que, pelo poder do fogo, podemos, repentinamente, voltar a ser crianças!

Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. O milho de pipoca que não passa pelo fogo, continua a ser milho de pipoca. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira.

O fogo é quando a vida nos lança em uma situação que nunca imaginamos. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre.

Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão - sofrimentos cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso dos remédios que apagam o fogo. Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro, ficando cada vez mais quente, pense que a sua hora chegou: “vou morrer”.

De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Mas subitamente, a transformação acontece: pum! - e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

Mas existem pessoas PIRUÁS que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: "Quem preservar a sua vida, perdê-la-á." - A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira.

Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém.

Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás, que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira...

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