sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
Educação do movimento sem terra
A democratização do conhecimento é considerada tão importante quanto a Reforma Agrária no processo de consolidação da democracia. Além dos acampamentos à beira de estradas, das ocupações de terra e de marchas para pressionar pela desconcentração da terra, o MST luta desde 1984 pelo acesso à educação pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis para as crianças, jovens e adultos de acampamentos e assentamentos.
Os esforços nessa área buscam, sobretudo, a erradicação do analfabetismo de nossas áreas de acampamento e assentamento, e a conquista de condições reais para que toda criança e todo adolescente estejam na escola.
A educação no MST acontece de maneira permanente, em um movimento continuado de formação das pessoas. Escolarizar é incentivar a pensar com a própria cabeça, é desafiar a interpretar a realidade, elevando o nível cultural. É criar condições para que cada cidadão e cidadã construam, a partir dos seus pontos de vista, seus destinos.
O que é semiótica?
A Semiótica é a ciência geral dos signos e da semiose que estuda todos os fenômenos culturais como se fossem sistemas sígnicos, isto é, sistemas de significação. Ambos os termos são derivados da palavra grega σημεῖον (sēmeion), que significa "signo", havendo, desde a antiguidade, uma disciplina médica chamada de "semiologia" que é o sinônimo de Semiótica, a ciência geral dos signos que estuda todos os fenômenos de significação e foi usada pela primeira vez em Inglês por Henry Stubbes (1670), em um sentido muito preciso, para indicar o ramo da ciência médica dedicado ao estudo da interpretação de sinais.
Mais abrangente que a linguísticas, a qual se restringe ao estudo dos signos linguísticos, ou seja, do sistema sígnico da linguagem verbal, esta ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico - Artes visuais, Música, Fotografia, Cinema, Culinária, Vestuário, Gestos, Religião, Ciência, etc.
O que é multiculturalismo?
O multiculturalismo é um princípio que defende a necessidade de se ir além das atitudes de tolerância entre diferentes culturas num mesmo território ou nação. Para os defensores do multiculturalismo, as diferenças entre culturas que habitam um mesmo estado devem ser respeitadas e encorajadas, para que possa haver uma coexistência harmoniosa. A ideia de multiculturalismo está associada a outros fenômenos contemporâneos como o pós-modernismo e o relativismo cultural. Não há, no entanto, um consenso entre os pensadores desse tema sobre a sua definição. São basicamente dois os conceitos mais utilizados de multiculturalismo: um diz que todas as culturas dentro de uma mesma nação têm o direito de existir mesmo que não haja um fio condutor que as una; outro conceito define multiculturalismo como uma diversidade cultural coexistindo dentro de uma nação em que há um elo cultural comum que mantenha a sociedade unida.
A importância do planejamento pedagógico nas escolas públicas
Os avanços na qualidade do nosso sistema público de ensino são inequívocos e animadores, graças ao esforço, empenho e compromisso de todos os educadores. Mas, é preciso ir além e a passos mais rápidos. É chegado o momento de tomar o núcleo pedagógico – professor, aluno e conteúdos – como ponto de partida e de chegada de quaisquer ações definidas pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte SEE e/ou pela escola para compreendermos adequadamente o que o professor faz e diz, o que o aluno faz e diz e verificar se tarefas pedagógicas propostas em sala de aula são capazes de assegurar a aprendizagem. Não podemos esquecer que é na sala de aula que o ensino se traduz em aprendizagem e o fazer pedagógico se transforma em conhecimentos e competências.
É preciso garantir ao professor o direito de “aprender a ensinar” cada vez mais e melhor – condição imprescindível para garantir a tão sonhada excelência na Educação. Portanto, aprender a ensinar só é possível no exercício pleno da docência, pois, como conteúdo procedimental, só se aprende a ensinar, ensinando. E essa tarefa pressupõe a afirmação e o enraizamento de uma cultura colaborativa tanto no interior da escola, como em todo o sistema educativo. Como nos lembra Guiomard Namo de Mello, sendo a prática pedagógica aprendida, ela pode e deve ser questionada, sempre que isso for necessário à melhoria da aprendizagem dos alunos.
História negra, escola branca
Os programas escolares brasileiros são racistas e o mito da “democracia racial” embaça os olhos da sociedade diante de conflitos étnicorraciais, afirma Amilcar Araujo Pereira. Professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutor em História, ele lançou neste ano, em parceria com a colega Ana Maria Ferreira da Costa Monteiro, o livro Ensino de História e Culturas Afro-Brasileiras e Indígenas, pela editora Pallas. Na obra, organizadores e articulistas debatem a efetiva aplicação das leis 10.639, de 2003, e 11.645, de 2009, que determinam a inclusão de história e cultura afro-brasileiras e indígenas nos programas pedagógicos das escolas do País. Pereira, carioca de 35 anos, foi professor da rede municipal fluminense durante dois anos em Mangaratiba e já escreveu ou organizou outros dois livros sobre temas correlatos. Ele identifica três razões principais para a disciplina ainda não integrar, de fato, o currículo: falta de materiais didáticos, poucas verbas governamentais para financiar pesquisa histórica e carência de docentes capacitados.
Emprego do futuro
Em vez de se focar apenas em conteúdos específicos, a escola deveria ensinar o aluno a habilidade de continuar aprendendo. Essa é a aposta do norte-americano Richard Murnane para o papel da escola no futuro. Economista e professor da Faculdade de Educação de Harvard, o trabalho de pesquisa de Murnane desdobra-se em dois temas principais. O primeiro é como as mudanças tecnológicas estão afetando a demanda por habilidades necessárias para o mercado de trabalho norte-americano e como as políticas educacionais estão respondendo a essas transformações. A outra linha de pesquisa é analisar como as desigualdades econômicas nos EUA afetam as oportunidades educacionais de famílias de baixa renda e a eficácia das estratégias utilizadas para melhorar as chances de sucesso dessas crianças. Murnane, expoente da “Educação baseada em evidências”, veio ao Brasil no fim de outubro para debater estudos científicos que analisam a eficácia de diversas políticas educacionais em evento do Instituto Alfa e Beto.
Diário da educação
Há dois anos, André Gravatá, 23, Camila Piza, 32, Carla Mayumi, 43, e Eduardo Shimahara, 41, formavam o Coletivo Educ-ação. De idades e formações diferentes, os quatro partilhavam um sonho: descobrir, ao redor mundo, iniciativas inovadoras e espaços de aprendizagem em sintonia com os desafios do século XXI.
Movidos pela inquietação, eles embarcaram em uma viagem que ampliaria suas concepções e experiências a respeito de educação. No itinerário, escolas, comunidades de aprendizagem, cursos formais e não formais dos quatro cantos do mundo – Brasil, Argentina, Estados Unidos, Espanha, Suécia, Inglaterra, África do Sul, Índia e Indonésia.
Assim nascia o livro Volta ao Mundo em 13 Escolas – Sinais do futuro no presente, disponível para download gratuito no site da organização e impresso com o apoio da Fundação Telefônica Vivo.
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