Para que a educação seja transformadora, deve ser sobre tudo crítica. Deve constituir-se em uma crítica radial da sociedade em que vivemos, crítica essa que, ao desvelar a realidade humana-social em suas contradições, baseie-se na crença em valores morais como justiça, verdade e liberdade, que se devem estender à humanidade como um todo. Sem uma visão crítica da realidade atual, a colocação de idéias perde o sentido, pois estará desvinculada da vida real. A crítica fundada nesses valores permite ao educador identificar as diferentes formas de injustiças,opressão e alienação que se efetivam no desenrolar do processo histórico de dominação e, a partir dessa crítica,optar por práticas educativas que visem atingir objetivos de libertação do homem e de justiça social.
A educação transformadora busca promover a liberdade pessoal, levando o aluno a um autoconhecimento que lhe possibilite superar suas próprias contradições, desenvolvendo a capacidade de compreender a si mesmo e a seu mundo, desvelando as mútuas relações que, tanto em nível pessoal como social, são historicamente condicionadas.
Fragmentos do livro: Sentir, pensar e agir. Maria Augusta Salin Gonçalves
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