quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Redes sociais uma ótima possibilidade de interagir com Presidência e Ministérios

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quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pesquisa expõe dificuldade em aplicar conceitos das Ciências no dia a dia

Por Thais Paiva

Um gráfico mostra projeções para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento da temperatura global de acordo com dois diferentes cenários. No pessimista, a temperatura para o período compreendido entre os anos de 2081 e 2100 subiria, em média, 3,7°C. Na previsão otimista, a alteração seria de 1,0°C. Questionados sobre o porquê do gráfico apresentar dois traçados distintos, um para o “cenário pessimista” e outro para o “cenário otimista”, apenas 6% dos brasileiros conseguiram responder que se tratavam de estimativas, que poderiam ser influenciadas tanto pelo comportamento humano como da atmosfera.
 
O exemplo acima compõe a primeira edição do Indicador de Letramento Científico (ILC), elaborado pelo Instituto Abramundo em parceria com o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. O estudo, inédito no País, revelou que a população brasileira não domina conceitos e tem dificuldade de aplicar a Ciência em situações cotidianas.
 
De acordo com o levantamento, realizado com cerca de 2 mil pessoas com idades entre 15 e 40 anos de nove regiões metropolitanas e do Distrito Federal, apenas 5% dos brasileiros podem ser considerados proficientes em linguagem científica, ou seja, são capazes de elaborar argumentos sobre a veracidade de hipóteses, demonstram domínio de unidades de medida e conhecem questões relacionadas ao meio ambiente, saúde, astronomia e genética. A maioria (79%) apresentou um conhecimento mediano sobre a área e 16%, praticamente nulos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O céu e o inferno da educação

Um das matérias da revista "Carta na Escola" do mês de novembro, escrita por Tory Oliveira, retrata o panorama da educação na China. Destaca-se a ênfase em testes e competitividade em detrimento a outras atividades. 

Inédito no Brasil, o livro Who’s Afraid of the Big Bad Dragon (Quem Tem Medo do Grande e Malvado Dragão) tem um subtítulo intrigante: “Por que a China tem o melhor e o pior sistema educacional do mundo”. Ao longo de 272 páginas, o autor Yong Zhao dedica-se a explicar esse paradoxo e a desconstruir a ideia de que o modelo chinês de educação – centralizador, baseado na ênfase em testes padronizados, altamente competitivo e sempre no topo do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) – é um exemplo a ser seguido pelos demais países.  
 
“Os piores aspectos (do modelo chinês) estão na ênfase exagerada em avaliação, que torna todas as demais atividades de estudantes, professores, pais e escolas em uma preparação para os testes. Consequentemente, a experiência educacional dos alunos, dentro e fora da escola, está focada em poucos assuntos. O bem-estar social, emocional e físico fica em segundo plano”, critica Zhao, que conheceu o sistema educacional chinês como aluno e professor.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Boaventura Souza Santos


Chopin Nocturno em si mayor Op 9 N 3


Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas- textos de Rubem Alves


Prefiro Rosas "Ricardo Reis"

Prefiro Rosas

Prefiro rosas, meu amor, à pátria, 
E antes magnólias amo 
Que a glória e a virtude. 

Logo que a vida me não canse, deixo 
Que a vida por mim passe 
Logo que eu fique o mesmo. 

Que importa àquele a quem já nada importa 
Que um perca e outro vença, 
Se a aurora raia sempre, 

Se cada ano com a primavera 
As folhas aparecem 
E com o outono cessam? 

E o resto, as outras coisas que os humanos 
Acrescentam à vida, 
Que me aumentam na alma? 

Nada, salvo o desejo de indiferença 
E a confiança mole 
Na hora fugitiva.