quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Pesquisa expõe dificuldade em aplicar conceitos das Ciências no dia a dia

Por Thais Paiva

Um gráfico mostra projeções para a concentração de dióxido de carbono na atmosfera e o aumento da temperatura global de acordo com dois diferentes cenários. No pessimista, a temperatura para o período compreendido entre os anos de 2081 e 2100 subiria, em média, 3,7°C. Na previsão otimista, a alteração seria de 1,0°C. Questionados sobre o porquê do gráfico apresentar dois traçados distintos, um para o “cenário pessimista” e outro para o “cenário otimista”, apenas 6% dos brasileiros conseguiram responder que se tratavam de estimativas, que poderiam ser influenciadas tanto pelo comportamento humano como da atmosfera.
 
O exemplo acima compõe a primeira edição do Indicador de Letramento Científico (ILC), elaborado pelo Instituto Abramundo em parceria com o Instituto Paulo Montenegro e a ONG Ação Educativa. O estudo, inédito no País, revelou que a população brasileira não domina conceitos e tem dificuldade de aplicar a Ciência em situações cotidianas.
 
De acordo com o levantamento, realizado com cerca de 2 mil pessoas com idades entre 15 e 40 anos de nove regiões metropolitanas e do Distrito Federal, apenas 5% dos brasileiros podem ser considerados proficientes em linguagem científica, ou seja, são capazes de elaborar argumentos sobre a veracidade de hipóteses, demonstram domínio de unidades de medida e conhecem questões relacionadas ao meio ambiente, saúde, astronomia e genética. A maioria (79%) apresentou um conhecimento mediano sobre a área e 16%, praticamente nulos.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

O céu e o inferno da educação

Um das matérias da revista "Carta na Escola" do mês de novembro, escrita por Tory Oliveira, retrata o panorama da educação na China. Destaca-se a ênfase em testes e competitividade em detrimento a outras atividades. 

Inédito no Brasil, o livro Who’s Afraid of the Big Bad Dragon (Quem Tem Medo do Grande e Malvado Dragão) tem um subtítulo intrigante: “Por que a China tem o melhor e o pior sistema educacional do mundo”. Ao longo de 272 páginas, o autor Yong Zhao dedica-se a explicar esse paradoxo e a desconstruir a ideia de que o modelo chinês de educação – centralizador, baseado na ênfase em testes padronizados, altamente competitivo e sempre no topo do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) – é um exemplo a ser seguido pelos demais países.  
 
“Os piores aspectos (do modelo chinês) estão na ênfase exagerada em avaliação, que torna todas as demais atividades de estudantes, professores, pais e escolas em uma preparação para os testes. Consequentemente, a experiência educacional dos alunos, dentro e fora da escola, está focada em poucos assuntos. O bem-estar social, emocional e físico fica em segundo plano”, critica Zhao, que conheceu o sistema educacional chinês como aluno e professor.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Boaventura Souza Santos


Chopin Nocturno em si mayor Op 9 N 3


Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas- textos de Rubem Alves


Prefiro Rosas "Ricardo Reis"

Prefiro Rosas

Prefiro rosas, meu amor, à pátria, 
E antes magnólias amo 
Que a glória e a virtude. 

Logo que a vida me não canse, deixo 
Que a vida por mim passe 
Logo que eu fique o mesmo. 

Que importa àquele a quem já nada importa 
Que um perca e outro vença, 
Se a aurora raia sempre, 

Se cada ano com a primavera 
As folhas aparecem 
E com o outono cessam? 

E o resto, as outras coisas que os humanos 
Acrescentam à vida, 
Que me aumentam na alma? 

Nada, salvo o desejo de indiferença 
E a confiança mole 
Na hora fugitiva.

A menina e o pássaro encantado "Rubem Alves"


Anvisa libera o uso da substância Canabidiol

Médicos brasileiros vão poder prescrever canabidiol, uma das substâncias presentes na maconha, usada em tratamento pacientes com doenças neurológicas graves. A decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) será divulgada nesta quinta-feira, 11, em Brasília, quando também serão conhecidos critérios e restrições do uso medicinal.

Na tarde desta quinta-feira, o CFM vai detalhar quais são os profissionais que vão poder fazer a prescrição do CBD e os pacientes que terão acesso ao composto. Também vãos ser anunciadas as dosagens recomendadas, além das formas de monitoramento dos resultados.

A resolução que trata do assunto, aprovada pelo plenário do CFM, será encaminhada para o Diário Oficial da União e entrará em vigor após sua publicação.

Em outubro, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) já havia publicado uma resolução para regulamentar a prescrição da substância. Com a decisão, São Paulo se tornou o primeiro Estado a regulamentar o CBD no Brasil.

A medida se baseia em estudos que têm demonstrado o potencial do CBD em diminuir a frequência de crises convulsivas entre esses pacientes, para os quais o uso de medicamentos convencionais mostraram pouca eficiência.

Ainda assim, o canabidiol não é uma substância permitida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o que dificulta a realização de pesquisas sobre seus efeitos no País, além da importação para pacientes.

Atualmente, a importação do CBD com fins medicinais recebe autorização após análise de caso a caso. Um dos documentos necessários para solicitar a autorização é a prescrição médica. No entanto, antes da decisão do CFM, o médica corria o risco de perder o registro profissional, caso receitasse a 

Rei do mar

Muitas velas. Muitos remos.
Âncora é outro falar…
Tempo que navegaremos
não se pode calcular.
Vimos as Plêiades. Vemos
agora a Estrela Polar.
Muitas velas. Muitos remos.
Curta vida. Longo mar.
Por água brava ou serena
deixamos nosso cantar,
vendo a voz como é pequena
sobre o comprimento do ar.
Se alguém ouvir, temos pena:
só cantamos para o mar…

Nem tormenta nem tormento
nos poderia parar.
(Muitas velas. Muitos remos.
Âncora é outro falar…)
Andamos entre água e vento
procurando o Rei do Mar.
Cecília Meireles

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Venda de Livros títulos abaixo

Aprendendo sobre a própria história. Paulo Freire.
Homo Ludes, Johan Huizinga
Não nascemos pronto, Mario Sergio Cortella.
Ensaio sobre a segueira, José Saramago.
Diálogos sobre a educação, Paulo Freire.

Enteressados enviar e-mail para: alex.moura03@yahoo.com.br

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

ESPORTE EDUCACIONAL: ESPORTE NA ESCOLA E ESPORTE DA ESCOLA

Prof. Silvino Santin

INTRODUÇÃO
Quatro pontos introdutórios para, no meu entender, facilitar a compreensão da minha reflexão, entretanto devo dizer, antecipadamente, que não pretende chegar a conclusões definitivas. Ao contrário, o objetivo maior consiste em provocar inquietações e, acima de tudo, incentivar estudos e pesquisas sobre este assunto.
Primeiro ponto
O tema Esporte Educacional e sua presença na escola não é um tema novo. O que me chamou a atenção nas minhas leituras recentes, em especial para preparar a minha palestra, foi o fato de que não se pensa o esporte educacional autonomamente, mas vinculado à educação física. O seu ingresso na escola aconteceu através da inclusão da educação física como disciplina da grande curricular
Mais, o que me chamou a atenção nesta constatação de que apesar do tema não ser novo, e, o que parece estranho, não se chegou a uma definição, nem quanto ao seu conceito, nem quanto a sua função no processo educacional. Assim mesmo os estudos e os debates caíram num segundo plano. Portanto, a sua retomada merece todo apoio.
Segundo ponto
A constatação da estreita vinculação entre esporte educacional e educação física me levou a relacionar a retomada do tema esporte educacional e a escola ao fato da distinção entre os cursos de Licenciatura e Bacharelado. O debate sobre os perfis do licenciado e do bacharel, entre outras diferenças, certamente, deverá haver uma compreensão diferenciada do esporte e, em particular, de seus valores, ideologias ou funções.
Terceiro ponto
Esta reflexão, para ter consistência acadêmica e filosófica, talvez, científica precisa definir uma ordem lógica ou uma espinha dorsal de sustentação. E tal exigência começa por definir os conceitos presentes no título da palestra e explicitar o seu enunciado.
Neste sentido será preciso entrar na semântica das palavras e na ordenação lógico-gramatical do título, condição primeira para iniciar o desenho deste discurso, isto é, a estrutura lógica do meu raciocínio.299
Quarto Ponto
299 Não posso repetir o raciocínio dos dois amestrados de aranha, supostamente, portugueses, que após haverem amputado todas as patas da aranha em exercícios de treinamento, e como não mais obedece às ordens de movimento, concluíram que uma aranha sem patas fica surda.
255
Ciente desta exigência de coerência lógica, chego ao momento mais difícil da minha tarefa. Devo reconhecer, assim que comecei aplicar meus conhecimentos de metodologia hermenêutica, percebi que entrara num labirinto sem o fio de Ariadne.300 Diante deste desafio, resolvi apelar para o pensamento de Edgar Morin e outros pensadores, identificados como pós-modernos, que tratam do paradigma de complexidade. Um fenômeno complexo, dizem eles, não se pode querer simplificar. O que é complexo deve ser respeitado em sua ordenação complexa, caso queiramos preservar sua especificidade.
Daqui para frente tentarei obedecer ao mandamento maior do paradigma da complexidade que é apreender o fenômeno sempre como um todo integrado, nunca por partes isoladas como nos ensinam as lógicas do pensamento analítico.
Colocados esses quatro pontos, vocês poderão julgar se eu vou conseguir cumprir corretamente a minha tarefa. Portanto, a primeira preocupação deve concentrar-se sobre o fenômeno esporte. O esporte, em geral, e o esporte educacional, em particular, pois sem uma compreensão do esporte será difícil falar em esporte educacional. Uma vez vencido esse obstáculo – para falar esportivamente – surge a segunda preocupação, que deve decifrar as duas figuras gramaticais, conhecidas como contrações de artigo com preposição, a saber: em+a=na (na escola) e de+a=da (da escola).... 


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domingo, 26 de janeiro de 2014

O que é pedagogia

A palavra pedagogia vem do grego (pais, paidos = criança; agein = conduzir; logos = tratado, ciência). Na antiga Grécia, eram chamados de pedagogos os escravos que acompanhavam as crianças que iam para a escola. Como escravo, ele era submisso à criança, mas tinha que fazer valer sua autoridade quando necessária. Por esse motivo, esses escravos desenvolveram grande habilidade no trato com as crianças.
Hoje, pedagogo é o especialista em assuntos educacionais e Pedagogia, o conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenômeno educativo.
Temos diversas definições de pedagogia:
Pedagogia é a ciência da educação;
Pedagogia é a ciência e a arte de educar;
Pedagogia é a arte de educar;
Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para esclarecer e orientar a prática educativa. (DURKHEIM e RADICE.).