A inglesa Sally Gardner,
autora do premiado Lua de Larvas,
conta como
o distúrbio que
a excluiu da escola abriu a sua imaginação
e, ironicamente,
a aproximou
da literatura.
“Para vocês, sonhadores, que foram deixados de lado na escola e jamais ganharam prêmios. Para vocês, a quem o amanhã pertencerá.” Impossível não pensar na menina disléxica, expulsa de diversas escolas por ser incapaz de ler e escrever, ao ler a dedicatória do livro Lua de Larvas (Editora WMF Martins Fontes, 2014), o mais recente trabalho da escritora inglesa Sally Gardner.
Diagnosticada com o distúrbio de aprendizagem quando tinha 12 anos e tendo aprendido a escrever apenas aos 14, Sally sabe muito bem das lacunas deixadas por um modelo de educação padronizado, voltado unicamente para a instrução. “A escola falhou completamente na minha educação, mas a dislexia foi uma janela para a minha imaginação. Passava o dia inventando histórias na minha cabeça”, conta.
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